terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fazendo História

(Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu)
A jornalista Samyra Nassar assina matéria no jornal A Gazeta do Iguaçu de hoje (9) sobre a Oficina Fazendo História, realizada no Parque Tecnológico de Itaipu - PTI. A Oficina é desenvolvida pelo Instituto Fazendo História de São Paulo e é promovida pela Fundação Nosso Lar, Instituto Elos, Sindijus e Itaipu, tendo como objetivo capacitar educadores e técnicos que trabalham em abrigos e casas-lares em Foz do Iguaçu a estimular crianças e adolescentes atendidos a narrar momentos marcantes de suas vidas em álbuns.
Confira a reportagem:

Cidade
Crianças ajudam a criar álbuns de suas vidas
Educadores estão sendo instruídos a estimular 150 crianças a narrar momentos marcantes por meio de fotografias, desenhos ou relatos
O registro da história impede que detalhes marcantes acabem sendo esquecidos
Samyra Nassar
Fotos: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

As diretoras do Instituto Fazendo História, Cláudia Vidigal e Bruna Elage, estão instruindo educadores e assistentes sociais que trabalham em abrigos e casas-lares em Foz do Iguaçu a estimular as 150 crianças e adolescentes atendidos pelo programa a narrar momentos marcantes de suas vidas em álbuns.
A narrativa pode ser por meio de fotografias, desenhos ou mesmo pequenos relatos. As diretoras — assistentes sociais — atuam pela primeira vez fora de São Paulo, realizando a instrução dos educadores e assistentes sociais através de livros de literatura infantil. A oficina “Fazendo História”, que começou ontem e termina hoje, está sendo realizada no Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Segundo Bruna, a importância do registro da história está nos detalhes marcantes, já que com o tempo eles acabam sendo esquecidos.
Neste encontro, a equipe do Programa Fazendo Minha História tem como objetivos: sensibilizar os participantes para o trabalho com histórias de vida dentro dos abrigos; conhecer a realidade dos abrigos parceiros, inclusive e especialmente as boas práticas no trabalho com registros e histórias de vida; formar adultos para exercer a função de mediadores de leitura; ouvir, compartilhar e criar estratégias de trabalho com histórias de vida; criar conjuntamente um plano de trabalho e um sistema de gestão do projeto em cada abrigo; e firmar uma parceria através de contrato com direitos e responsabilidades de ambas as partes, definidos mutuamente.
Ao final do curso, os educadores sociais receberão um Guia de Ação com instruções passo a passo de como devem proceder para estimular as crianças a produzir. Também terão um exemplo do álbum no qual deverá ser contada a história de cada uma delas.
Participação
De acordo com informações da assistente social da Vara da Infância e Juventude de Foz do Iguaçu, Adriana Mendes Campos, atualmente algumas instituições da cidade fazem esse registro, porém as crianças acabam ficando fora. “Elas têm as suas histórias contadas por outras pessoas. Após esse curso queremos que os profissionais trabalhem para que cada uma relate a própria história, registre momentos marcantes de sua vida, como se fosse um diário”, explicou Adriana, que também é diretora do Instituto Elos, que faz parte da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente.
Integração
Segundo a gestora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu Binacional, Gládis Mirtha Baez, a empresa trabalha para integrar e fortalecer as diversas políticas públicas na Tríplice Fronteira. Ela lembrou que organizar essa oficina é uma oportunidade para que todas as entidades e instituições que compõem a rede trabalhem de forma integrada, proporcionando a todas as entidades terem o mesmo grau de informação e conhecimento.
.

Nenhum comentário: