quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sangue Novo

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Sindjor/PR promove todos os anos, desde 1995, o Prêmio Sangue Novo no Jornalismo, um concurso destinado a acadêmicos de Jornalismo das faculdades do Estado, que podem demonstrar o talento de suas produções teóricas e práticas no curso do ano letivo. As inscrições para a 14ª edição estão abertas até sexta-feira (19).
O Sangue Novo premiará trabalhos em 18 categorias:

Reportagem impressa
Reportagem para televisão
Reportagem para rádio
Fotojornalismo
Projeto em telejornalismo
Projeto em radiojornalismo
Projeto em jornalismo impresso
Projeto jornalístico para internet
Projeto/produto jornalístico livre
Projeto jornalístico para assessoria de imprensa
Monografia
Livro reportagem
Videodocumentário
Prêmio sangue novo de relevância social
Jornal laboratório
Telejornal laboratório
Radiojornal laboratório
Jornal laboratório on-line


Leia o regulamento
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O nosso tempo é agora!

Carlos Luz*
Boa noite a todos.
“Que vivan los estudiantes”, escreveu Violeta Parra e cantou Mercedes Sosa. “Que vivan!”, pois em todos os momentos cruciais da história moderna da humanidade lá estavam os estudantes à frente, empunhando suas bandeiras, seus sonhos e seus ideais, sempre na busca de um mundo mais livre, mais igualitário e, até mesmo, mais humano. Porém, a fase estudantil é apenas uma fase e, como toda fase, passa. Dá lugar à fase do profissionalismo. Nós estamos encerrando uma fase e iniciando outra.
Escolhemos a comunicação, mais especificamente o jornalismo, como a profissão de nossas vidas. Escolhemos as palavras escritas, as faladas, as imagens congeladas e em movimento como ferramentas de trabalho.
No entanto, nossas ferramentas de trabalho não são simples ferramentas, elas trazem consigo um poder enorme, o poder da formação de opinião e, ao nos tornarmos profissionais desta área, temos que ter isto em mente a todo momento.
Há os que dizem que o bom profissional de jornalismo é aquele que simplesmente retrata o fato, sem emitir opinião. Há aqueles que afirmam que a opinião do jornalista sempre está intrínseca nas entrelinhas e no formato das reportagens. Mas, uma coisa é certa: o bom profissional de jornalismo é aquele que apura os fatos, checa as fontes e busca a verdade, ou, pelo menos, apresenta as “verdades” dos ângulos de cada uma das partes.
Muitos de nós exerceremos a profissão em veículos de comunicação de massa: jornais, revistas, rádios e tevês, alguns em novas mídias, que estão aparecendo através das novas tecnologias, outros, ainda, seguirão a vertente da assessoria de imprensa. Mas seja qual for o caminho que escolhermos, a ética deve ser nossa companheira diária. Devemos nos lembrar sempre que, antes de tudo, estamos nos formando em comunicação social, e é o que seremos daqui para frente: comunicadores sociais. E pela palavra social estar inclusa em nossa profissão, é que devemos cumprir o nosso papel cidadão de zelar pela boa qualidade das informações, porque delas dependerá, muitas vezes, a opinião da maioria da sociedade.
Chegamos à conclusão, então, que o bom profissional de jornalismo é aquele que escolhe dar o melhor de si para contribuir na construção de uma sociedade menos injusta.
Enfim, falo por cada um de nós: pela Aline, Anderson, Bruna, Cláudio, Cristiane, Daniela, Dante, Edla, Eliane, Eloiza, Fabiano, Franciele, Ivanir, Izzy, Jakson, Jean, Juliana, Katya, Larissa, Lauane, Leonardo, Márcia, Mariane, Maurício, Monique, Pamela, Robson e pela Thays.
Nós nos congratulamos com todos os que, de uma maneira ou de outra, contribuíram com esta nossa jornada: os professores responsáveis pela nossa formação, familiares, amigos, companheiros, namorados, direção e funcionários da UDC. Nos congratulamos pelo apoio que nos deram, porque nada, absolutamente nada, se consegue sozinho.
Quanto à turma de jornalismo de 2005 / 2008, ela será memorável e histórica. Durante estes quatro anos realizamos, inovamos, colecionamos prêmios até mesmo estaduais e nossos trabalhos de conclusão de curso fizeram com que muitas das bancas de avaliação chorassem, pela qualidade, esmero e responsabilidade social dos trabalhos apresentados. Deixamos a nossa marca.
Se “o caminho se faz caminhando”, como diz o título de um livro de Paulo Freire, então, que o caminhar de cada um, daqui para frente, construa um caminho que, cada um ao olhar para trás, daqui a alguns anos, possa dizer: construí uma carreira sólida, digna, ética e comprometida com a sociedade do meu tempo.
Mas o nosso tempo é agora. Não foi ontem, nem será amanhã. É no agora que se realiza. E nós estamos realizando.
Obrigado!

*Discurso de formatura do Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo. Auditório da UDC em 05/12/2008.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Hexa-campeão

Ao vencer o Goiás por 1 a 0, ontem (7), no estádio do Gama, cidade-satélite de Brasília, o São Paulo Futebol Clube sagrou-se hexa-campeão e tri-campeão seguido (o primeiro a realizar este feito no Brasil) do Campeonato Brasileiro de Futebol, garantindo sua hegemonia no futebol brasileiro.

Em Foz do Iguaçu, a torcida tricolor saiu às ruas para comemorar o título.

Confira a história de todos os títulos no site oficial do hexa que o clube criou.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Universidade do Mercosul

Deputado Angelo Vanhoni (PT/PR), relator da matéria

A proposta do Poder Executivo de criação da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, foi aprovada por unanimidade na manhã de quarta-feira (3), pelos membros da Comissão de Educação e Cultura. De acordo com o deputado Angelo Vanhoni (PT/PR), relator da matéria, a aprovação do Projeto de Lei representa um marco para a educação brasileira e para a América Latina.
Para o deputado, ao escolher a implantação de uma universidade na tríplice fronteira para consolidar a integração dos povos da América Latina, o Brasil está priorizando o conhecimento como a forma mais significativa para proporcionar o desenvolvimento da região, do Brasil e da América Latina.

Leia + Revista Bem Público
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Funcriança

Valtenir Lazzarini: “ao repassar parte do imposto devido ao fundo, o contribuinte terá a oportunidade de ajudar a um projeto social da cidade”


O jornal A Gazeta do Iguaçu de hoje traz uma reportagem, assinada pela jornalista Abilene Rodrigues, sobre a campanha do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança). Em vez de destinar ao governo federal, em nível nacional, o contribuinte pode repassar parte do impostode renda devido ao Fundo Municipal. No caso de pessoas físicas, podem doar 6% do imposto e as pessoas jurídicas podem contribuir com até 1% do imposto devido.
Confira a matéria:


Campanha Funcriança será lançada hoje

A expectativa dos incentivadores é arrecadar pelo menos R$ 900 mil, mesmo valor levantado por Maringá, no ano passado

Abilene Rodrigues
Reportagem

Contribuir com uma entidade assistencial que atende a crianças carentes em Foz do Iguaçu sem precisar colocar a mão no bolso, é a proposta do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança). Além do iguaçuense ter a oportunidade de fazer uma boa ação, pode também fiscalizar como o dinheiro está sendo investido.
O valor repassado ao Funcriança é referente ao pagamento do Imposto de Renda. Em vez de destinar ao governo federal, em nível nacional, o contribuinte pode repassar parte do imposto ao fundo. No caso de pessoas físicas, podem doar 6% do imposto de renda devido. As pessoas jurídicas (empresas) podem contribuir com até 1% do imposto devido.
Com vistas a incentivar a contribuição com as doações ao fundo que atende a 26 entidades assistenciais em Foz do Iguaçu, sobretudo entre os empresários da cidade, a Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), Rotary Clube, Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, lançam hoje, às 8 horas, a Campanha Funcriança.
A meta dos fomentadores da campanha é até 31 de dezembro conseguir arrecadar pelo menos R$ 900 mil. Valor semelhante ao levantado pelos empresários e sociedade civil de Maringá em 2007.
Para conseguir esse resultado, os organizadores da campanha pretendem mostrar aos iguaçuenses que ao contribuir com o Funcriança, o doador decide que parte do seu imposto fica na cidade para auxiliar no desenvolvimento de programas e serviços dirigidos à infância e juventude. A doação pode ser genérica ou direcionada para a entidade que a pessoa ou a empresa pretende colaborar.

Beneficiado
Em Foz do Iguaçu, o valor pode ser repassado para 23 entidades assistenciais responsáveis por atender crianças e adolescentes cadastradas. Uma delas é a Fundação Nosso Lar.
Segundo Valtenir Lazzarini, diretor administrativo-financeiro da instituição, ao repassar parte do imposto devido ao fundo, além de não prejudicar o contribuinte que obrigatoriamente precisará pagar, terá a oportunidade de ajudar a um projeto social da cidade. Outra justificativa apontada por Lazzarini, é porque o valor recebido pelas instituições é sempre inferior ao necessário para suprir todas as necessidades. “Para nós é sempre bem-vindo”, disse. E completou: “O doador terá condições de fiscalizar onde está sendo investida a verba. Não simplesmente paga e não sabe onde é aplicado” disse.
Doação
A vice-presidente-administrativa da Acifi, Elizangela de Paula Kuhn, explica que a destinação é simples. E a campanha terá esse papel: desmistificar o processo de doação. Basta fazer o depósito identificado no Banco do Brasil, agência 0140-6, conta corrente 45.796-5, informando o Código Identificador 2000, o nome do depositante e o CPF ou CNPJ. Ou por meio de boleto bancário que pode ser imprenso a partir do site www. fozdoiguacu.pr.gov.br/cmda. Depois enviar uma cópia ao conselho. Caso o doador queira destinar o recurso exclusivamente para uma determinada entidade cadastrada, basta indicá-la no momento do envio da cópia do comprovante.
As empresas e pessoas físicas têm até o dia 31 de dezembro para incluir a doação no imposto que será entregue em abril de 2009.

Entidades
Em Foz do Iguaçu, o Funcriança é gerenciado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão deliberativo e controlador das ações desenvolvidas no contexto das políticas sociais voltadas ao menor. Estão cadastradas no fundo, as seguintes entidades: Associação Fraternidade e Aliança (AFA); Albergue Noturno; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE); Associação de Pais e Amigos dos Surdos (APASFI); Associação de Proteção a Infância e à Maternidade (APMI); Casa Maria Porta do Céu; Centro de Acolhimento Temporário e Atendimento ao Adolescente; Comunidade dos Pequenos Trabalhadores (CDPT); Centro de Nutrição Infantil; Creche Nossa Senhora Conceição.
E ainda: Entidade “Bia”; Casa Ofício; Fundação Nosso Lar; Grupo teatral – Casa do Teatro; Guarda Mirim de Foz; Ecodesenvolvimento; Nosso Canto; Núcleo Sagrada Família; Pastoral da Criança; Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida; Conselho Comunitário da Vila C; Instituo Pólo Iguassu (que inclui o Trilha Jovem); Lar de Apoio as Crianças e Adolescentes (LACA) (assiste crianças órfãs ou filhas de portadores de HIV); Legião da Boa Vontade (LBV), Núcleo de Ação Solidária a Aids (NASA) e Centro Comunitário da Vila C.

(com informações da Assessoria)
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Congresso Mundial

Declaração do Rio traz resultados do III Congresso Mundial


É possível enfrentar e erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes no mundo com ações integradas e o esforço de todos os países. Essa é a avaliação comum dos organizadores do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes que terminou na semana passada, no Rio de Janeiro, onde 137 governos se reuniram com meninas e meninos, organismos internacionais, ONGs e representantes do setor privado.

Embora os participantes do evento no Brasil reconheçam que o enfrentamento da exploração sexual é uma batalha longa e difícil, as organizações parceiras consideram que, agora, os países estão em melhores condições de ganhar essa luta. A "Declaração e Plano de Ação do Rio de Janeiro para Prevenir e Eliminar a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes", documento final do encontro, estabelece algumas diretrizes para o enfrentamento do problema.

FNDCA - Secretária de Articulação do Fórum Nacional DCA, Iolete Ribeiro (Conselho Federal de Psicologia – CFP), representou a organização no Congresso Mundial e também no “I Congresso Brasileiro de Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes - Diálogos para o fortalecimento das ações”, que aconteceu no mesmo período. A Secretária Adjunta do Fórum, Rachel Niskier (Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP), também participou do Congresso Mundial.

"A Declaração e Plano de Ação do Rio traz avanços importantes em relação aos documentos anteriores e aponta novas estratégias diante dos novos cenários do problema, como a pornografia infantil na internet, o tráfico de meninas e meninos, a intensificação das migrações no mundo. O próprio governo brasileiro lançou o serviço hotline para o rastreamento desses crimes na internet, que também estão mais fáceis de ser responsabilizados e punidos com a lei sancionada pelo presidente Lula no dia da abertura do encontro", avaliou Carmen Oliveira, subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

"Não existe uma única intervenção que possa proteger crianças e adolescentes da exploração sexual," disse Nils Kastberg, Diretor Regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe. "Construir e fortalecer sistemas de proteção é fundamental e requer ação de todos os atores sociais."

O Plano de Ação do Rio também convoca governos a editar leis que protejam todas as crianças em sua jurisdição, incluindo os filhos de migrantes não documentados ou aqueles que foram traficados, de forma que todos possam gozar de plena proteção legal. As recomendações também pedem que os governos aprovem leis que não criminalizem crianças e adolescentes por crimes que tenham praticado em decorrência de situações de exploração sexual.

Diferentemente de congressos anteriores, nos quais as recomendações dos adolescentes e jovens saíram em documento separado, no Rio, o grupo participou de todo o processo de elaboração do relatório final do encontro.

Principais recomendações do III Congresso Mundial:
Os governos devem prestar informações sobre os seus planos de ação nacionais relativos ao tema da exploração sexual para o Comitê dos Direitos da Criança (CDC). Um relatório de progresso será enviado à próxima sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 2009.
Estabelecer instituições independente dos direitos das crianças, como ombudsman, pontos focais ou comissões no nível nacional voltadas para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, nos próximos cinco anos.
Desenvolver bancos de dados nacionais com informações relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes até 2009 e, até 2013, estabelecer mecanismos regionais de troca dessas informações.
Até 2013, estabelecer sistemas nacionais de acompanhamento e monitoramento de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Esse sistema incluirá dados de linhas de denúncia e informação, bem como de serviços de apoio.
Os países devem aumentar o seu compromisso com a Interpol sobre o uso de imagens de abuso de crianças e adolescentes e tratar crimes relacionados com crianças e adolescentes dentro de uma área especial.
Desenvolver políticas para estimular e apoiar o setor privado, especialmente nos setores de turismo e viagens, instituições financeiras, internet e publicidade a adotarem códigos de conduta.
Fortalecer e harmonizar os serviços de proteção.
Organismos de cooperação internacional e as agências de desenvolvimento, como grandes bancos de fomento, vão avaliar o impacto de suas ações na vida de crianças e adolescentes. Também se comprometeram a prover recursos para que os países mais pobres possam cumprir com os compromissos do Pacto do Rio.
Introduzir leis que criminalizem a compra (ou outra forma de remuneração) de sexo com crianças e adolescentes.

*Com informações do UNICEF
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