sábado, 20 de junho de 2009

Vamos exercer nosso papel social!

Sobre a decisão dos senhores togados do Supremo Tribunal Federal, divino e incontestável, cuja decisão está alicerçada no mais puro espírito de justiça, fortalecendo sempre a democracia e tendo em vista em última análise o bem comum de toda a sociedade, que pôs fim à exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista:
Sou Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, profissão que nenhum senhor togado vendido para a grande mídia retirará de mim;
O curso me capacitou, oferecendo noções de sociologia, economia, filosofia, psicologia social, teoria da comunicação, ética e, principalmente, responsabilidade social (o que os senhores togados não aprenderam na faculdade que cursaram);
Jamais me sujeitarei a ser suporte de microfone da Rede Globo, ou reprodutor de lead do Estadão, ou ignorar as normas básicas da ética como os “funcionários” da Veja, como querem os senhores togados e divinos. A função de comunicador social vai muito, muito além disto. Esta é a função para a qual me formei.
Aos que acham que esta é uma luta corporativista, lamento. Jamais estarei no mesmo nível dos “jornalistas” auto-intitulados como tal; o “jornalismo” sempre foi, é e será uma atividade que exige conhecimentos teóricos e não simplesmente como amassar um bolo ou costurar um vestido, a saber: “No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h05, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Em determinado trecho, ele mencionou as atividades de culinária e corte e costura, para as quais não é exigido diploma” (http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=2644). Lamento que o Senhor Ministro Divino pense que a profissão de jornalista possa ser igualada a de uma cozinheira ou costureira, isso só demonstra que o Supremo Tribunal Federal, divino e incontestável, cuja decisão está alicerçada no mais puro espírito de justiça, fortalece sempre a democracia, tendo em vista em última análise o bem comum de toda a sociedade, a comparação é extremamente cabível para o tipo de jornalista que o STF considera como jornalista: servil ao sistema e sem a menor estrutura teórica para conduzir a informação com responsabilidade social;
O Sistema Judiciário precisa ser revisto e nós, comunicadores sociais, temos papel fundamental nisto;
Os senhores Ministros institucionalizaram a “picaretagem”, mas devemos nos diferenciar como comunicadores sociais formados dos “picaretas” que invadirão os veículos de comunicação a partir de agora;
Quem são estes divinos togados? É hora de colocar para toda a sociedade quem representam. Os “Divinos” representam as grandes corporações da Mídia, interessadas em contratar pessoas desqualificadas, servis, sem ética e a baixo custo;
Reafirmo que eu sou Bacharel em Comunicação Social;
Eu tenho o dever social de dizer que o STF é uma farsa a serviço das grandes corporações de comunicação;
Abaixo os “picaretas”, os “vendidos”, isto tendo endereço certo aos Excelentíssimos Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal, os Senhores deram o verdadeiro exemplo de como se comportar num sistema verdadeiramente “democrático”: manda quem está no poder e a “justiça” está a serviço de quem detêm o poder, mas não me incluo entre os servis, categoria pertencente aos senhores togados do STF.
Enfim, conclamo os bacharéis em comunicação social a colocar em dúvida a decisão dos Excelentíssimos Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Aos Deuses, o Olímpio; aos comunicadores sociais, a certeza de que continuaremos desempenhado o trabalho com ética e responsabilidade social, palavras que não fazem parte do vocabulário dos Senhores Ministros!
Carlos Luz
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