segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diploma não foi "presente" dos militares


Comentário da amiga e jornalista formada Carina Paccola em seu blog idéias & letras:
A mídia brasileira sempre manipula qualquer discussão acerca do funcionamento dos meios de comunicação no Brasil e também sobre a profissão dos jornalistas. Basta lembrar de como os veículos trataram a questão do Conselho Federal dos Jornalistas e como ela aborda qualquer tema de interesse da categoria profissional.

Em relação ao diploma foi a mesma coisa. A mídia apresenta apenas seus argumentos, e de maneira falaciosa. Isso é só uma demonstração de que a tal propalada “liberdade de expressão” só vale para um lado.

Por exemplo, quando apresenta que a obrigatoriedade do diploma ocorreu com o decreto de 1969, a mídia fala que foi um “presente” dos militares na tentativa de amordaçar a imprensa, de limitar a liberdade de expressão.

A história não é bem essa. Bem antes do regime militar, os jornalistas brasileiros já lutavam por melhorias na nossa profissão e reivindicavam a regulamentação profissional e uma formação específica para trabalhar na área.

Num artigo do jornalista José Carlos Torves, que é diretor da Fenaj, ele lembra: “É bom voltarmos no tempo para que a história faça justiça com os jornalistas, que lutaram e lutam, há 70 anos, na defesa da regulamentação profissional e da formação, como forma de acesso ao exercício do jornalismo.” Aqui dá para ler o artigo completo do Torves, que está muito bem fundamentado. Foi publicado no site do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
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