quarta-feira, 11 de março de 2009

Arte ou selvageria?

Recebi e-mail da amiga Maria Fernanda, professora em Portugal, e repasso aos leitores:
O "artista" que matou um cão à fome vai repetir o acto!
Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto "artista", colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede. Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.
Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2009.
Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição : http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor alheia.
Se puseres o nome do "artista" no Google, saem as fotos deste pobre animal e também aparecerão páginas web onde poderás confirmar a veracidade da informação.

Bem, a petição versa sobre o Boicot a la presencia de Guillermo Habacuc Vargas en la Bienal Centroamericana Honduras 2008 , e depois você recebe em seu e-mail o pedido de uma colaboração de $1,00: "Please contribute $1.00 or more to PetitionOnline and help maintain this premiere free speech forum. Your contribution is completely voluntary", não contribuí, mesmo assim assinei, como forma de protesto, pois fica claro que a contribuição é "completamente voluntária", mas não sei de que forma este dinheiro será usado. Minha assinatura foi a de número 2.687.480

2687480 Carlos Luz Foz do Iguaçu, PR Brasil

Com toda a certeza o "sujeito" queria aparecer e conseguiu, mas a este preço? a que ponto chega o ego, a individualidade e a selvageria desta sociedade.
Vejam as fotos ao que o "artista" submeteu o indefeso animal, com a anuência dos "entendidos em arte" e do público:

PS: Se isto for considerado arte e o ser humano for o único animal capaz de produzir arte, abro mão da minha condição humana. Sou qualquer coisa, menos "ser humano", não quero pertencer a mesma espécie deste "artista".


5 comentários:

Carmen Lucia disse...

O que falar sobre isso...? É de pasmar o ponto a que chega a condição humana representada nesse ato que chamam de arte. Não sei o que é pior, se o cara que tem a ousadia (loucura)para expor algo tão violento ou se os espectadores que assistem e contemplam o ato! De certa forma, a imbecilidade humana do começo do séc XXI foi bem representada! A sociedade do espetáculo agora assiste e se enobrece com um animal morrendo... éh...afinal, o que é ver um animal morrendo qdo se esta acostumado a ver gente morrendo aqui do lado e no mundo inteiro?!
Que f!

Genivaldo Amorim disse...

Eu sou artista plástico, não concordo com o trabalho desse artista, nunca faria nada desse tipo, mas eu nunca assinaria um manifesto dizendo que isso ou aquilo não é arte ou que ele não é artista. Fazer esse tipo de coisa é atestar que o que ele fez é arte. Não foi ele que transformou isso em arte, foram todos os "indignados" ao redor do mundo (que nem olhariam para o cachorro se estivesse morrendo de fome na rua) que gritaram o nome dele. Pedir que ele não seja convidado pra essa ou aquela exposição é ridículo, arte não funciona assim, um curador que aceita ser pressionado por abaixo-assinado não merece ser chamado de curador, pois não tem personalidade relevante. Fazer um abaixo-assinado pedindo que ele seja esquecido é mais ridículo ainda, ninguém é esquecido com milhões de pessoas pronuncioando o seu nome. Não adiantou nada a gritaria, ele participou sim da Bienal centroamericana, e vai continuar participando de muitas outras, graças à todos aqueles que assinaram o tal manifesto.
Vale lembrar também dos que encheram os bolsos com as contribuições dos assinantes. Pena eu não ter tido essa idéia.
Eu fiz a minha parte, não assinei nada e se todo mundo tivesse feito o mesmo, ele continuaria sendo um desconhecido.

Genivaldo Amorim
Valinhos SP
www.centrodearte.com.br

Carlos Luz disse...

Tua opinião é bem vinda Genivaldo... eu assinei e tornaria a assinar para estirpar este tipo de "arte" do nosso meio...
abraço!

roger silva disse...

Bom, já se passou algum tempo desde que esta história surgiu e também já surgiram os desmentidos. Confesso que até agora mesmo com estes desmentidos não sei se isto aconteceu ou não. Prefiro acreditar que não.
Eu, a princípio achei desumano este ato, obviamente. Se aconteceu realmente, na minha opinião, não seria uma obra de arte, matar o cachorro para atingir que objetivo afinal? Nenhum. E também não acredito que ninguém que tenha passado por ali não tenha feito nada, chamado a sociedade protetora dos animais, o greenpeace ou algo assim durante os três dias, por isso mesmo fico com meu pé atrás em acreditar nesta história.
Por outro lado, se o cachorro não morreu, acredito que o artista tenha conseguido produzir algo chamado arte com esta instalação. Pelo que li logo da expo na numa parede se lia escrito com biscoitos de cachorro "ERES LO QUE LEES" (Você é o que lê)e na mesma parede preso por uma curta corda o cão. Junto a isto o hino sandinista tocava ao contrário como trilha sonora da instalação.
Ao saber da existencia desta frase tudo me pareceu mais claro. Somos mesmo o que lemos, caimos como patos se esta história de cachorro morto tiver sido verdadeira, engolimos as noticias sem procurar fontes seguras por mais "mente aberta" que podemos ser ainda somos enganados facilmente. Ainda somos injustos e imparciais, tomamos partido sem saber ao certo do que estamos falando. Se este (porque nao sei se o é) foi o objetivo do artista ele conseguiu atingi-lo com esta obra. Mostrar que acreditamos em tudo que nos contam que nos vendem. Na verdade ele o artista conseguiu criar um grande acontecimento com tudo isso. Visto desta forma achei a obra muito interessante.
Mas volto a dizer que se este cão morreu não considero arte. Se não posso pegar uma arma matar alguém e dizer que é arte e jogar o corpo na sala da próxima bienal. E ainda não ser punido por isso. Por estas e outras não acredito nesta história.
Sei lá quanto mais conheço menos acredito nas coisas. Tenho me mantido cético quanto a todas as coisas ultimamente.Acredito em mim e na força do ser humano e na superação de si mesmo!!!
Vou deixar aqui um link com alguns desmentidos, dizem que o cão foi sim alimentado e que a história da morte vazou pouco depois através de um jornal da Nicaragua.
http://cimitan.blogspot.com/2008/04/este-post-repe-as-coisas-nos-seus.html

abração

ps. há muito tempo deleto todo e qualquer email com correntes e pedidos de auxilio desesperados. Alguns correm ha tanto tempo que acho que as pessoas já té morreram.
Se um dia eu fizer algo por alguém, que seja presencialmente.

rita lebanon disse...

mundo desumano cheio de animais pensantes...ate quando vamos ter que conviver com seres desta escala de baixissimo nivel espiritual? pq ninguem faz nada de verdade? pq só ficam no bate boca?!!!!!!!!!!!!!!