sábado, 31 de janeiro de 2009
porque hoje é sábado
O dia da criação
(Vinícius de Moraes)
Macho e fêmea os criou.Gênese, 1, 27
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Hoje há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado
Há um rico que se mata
Porque hoje é sábado
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado
Há um grande espírito-de-porco
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado
Há criançinhas que não comem
Porque hoje é sábado
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado
Há uma comemoração fantástica
Porque hoje é sábado
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado
III
Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens,
ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como
as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas
em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda
e missa de
sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das
águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Militares no poder nunca mais!
Li o artigo do general reformado publicada hoje (30) no jornal A Gazeta do Iguaçu, intitulo "Aula de história e democracia" e só posso dizer uma coisa: o general tenta camuflar a história recente do nosso país. O general tem conhecimento das torturas, dos desaparecimentos e da violência generalizada que os militares impuseram aos civis, no entanto não cita este fato. O general tem conhecimento da ditadura militar instalada no Brasil no período conhecido como “período negro”. O general, mais do que ninguém, sabe que a Anistia, a Constituinte e as Eleições Diretas foram conquistas do povo brasileiro e não dádivas do general Figueiredo que afirmava gostar mais do “cheiro de cavalo do que do cheiro de gente”.
Então havia uma menininha que usava um chapeuzinho vermelho e foi morar na casa dos sete anões. Isto é historinha para criança.
No período que vai de 1964 a 1985 o Brasil viveu sob coturnos. Houve tortura, assassinatos, desaparecimentos, censura e tudo o que uma ditadura militar pode implantar. Esta é a história real.
O lugar de militar é no quartel ou defendendo as fronteiras do país. Este é o seu papel constitucional. Os militares latino-americanos, de um modo geral, devem entender de uma vez por todas, que o presidente da república é o chefe da nação e é também o CHEFE DAS FORÇAS ARMADAS!
E na época da ditadura militar eu não poderia estar escrevendo esta opinião.
MILITARES NO PODER NUNCA MAIS! VIVA A DEMOCRACIA!
Então havia uma menininha que usava um chapeuzinho vermelho e foi morar na casa dos sete anões. Isto é historinha para criança.
No período que vai de 1964 a 1985 o Brasil viveu sob coturnos. Houve tortura, assassinatos, desaparecimentos, censura e tudo o que uma ditadura militar pode implantar. Esta é a história real.
O lugar de militar é no quartel ou defendendo as fronteiras do país. Este é o seu papel constitucional. Os militares latino-americanos, de um modo geral, devem entender de uma vez por todas, que o presidente da república é o chefe da nação e é também o CHEFE DAS FORÇAS ARMADAS!
E na época da ditadura militar eu não poderia estar escrevendo esta opinião.
MILITARES NO PODER NUNCA MAIS! VIVA A DEMOCRACIA!
Arte popular
Se você falar em Wilson Lopes de Carvalho ninguém por essas bandas do Paraná ouviu falar. Mas se você falar em Miran, as coisas mudam. Nos últimos 30 anos, esse cancioneiro popular já rodou pelos quatro cantos do Brasil. Também cantou, sobejou, versou, declamou até em outras terras latinas. Miran não para. A barriga ronca e lá vai esse poeta cantador, nascido no sertão de Mirandiba (PE), para mais uma de suas aventuras que liquidifica amor, cachaça, engajamento político-social e música. Miran transforma isso tudo na razão de ser, da existência de vida. Para que mais?
“Rapaz, me transformei em um mascate das artes”, diz Miran, que lançou a segunda edição do seu último livro “A terra é a nossa mãe”, 24 páginas – 10 mil exemplares, da mais pura literatura de cordel engajada na defesa do meio ambiente. O livro traz ilustrações de J. Borges - outro artista popular. A diagramação é de Huana Carvalho e Marcos Scotti. Huana é filha de Miran. (Guatá)
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“Rapaz, me transformei em um mascate das artes”, diz Miran, que lançou a segunda edição do seu último livro “A terra é a nossa mãe”, 24 páginas – 10 mil exemplares, da mais pura literatura de cordel engajada na defesa do meio ambiente. O livro traz ilustrações de J. Borges - outro artista popular. A diagramação é de Huana Carvalho e Marcos Scotti. Huana é filha de Miran. (Guatá)
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Fórum Social Mundial
Publicidade para crianças
Com o título “Um jogo sem regras”, a Revista Cidade Nova de janeiro traz, em sua matéria de capa, uma reportagem sobre a publicidade para crianças. A matéria afirma: “se a sociedade não entrar nesse debate, o projeto que proíbe a propaganda dirigida às crianças, já aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, pode ser abortado pelo lobby dos interesses bilionários da mídia e dos anunciantes”.
A íntegra da reportagem pode ser lida no site da Editora Cidade Nova, cujo projeto editorial sustenta e divulga a “cultura da fraternidade”, defendendo os "valores da paz, da solidariedade, da justiça, da dignidade, do respeito à diversidade, do diálogo, da tolerância, da partilha, da vida e dos direitos humanos".
A íntegra da reportagem pode ser lida no site da Editora Cidade Nova, cujo projeto editorial sustenta e divulga a “cultura da fraternidade”, defendendo os "valores da paz, da solidariedade, da justiça, da dignidade, do respeito à diversidade, do diálogo, da tolerância, da partilha, da vida e dos direitos humanos".
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Conteúdo infantil na TV
As emissoras abertas brasileiras investem cada vez menos na programação infantil, que tem se concentrado nos canais pagos, restritos às classes econômicas mais privilegiadas. No Brasil, investir ou não nesse tipo de conteúdo é uma decisão das redes, uma vez que não há nenhuma lei para regulamentar faixas da programação dirigidas às crianças.
Essa é uma das lacunas da legislação brasileira na proteção da infância e adolescência, de acordo com um estudo realizado pela ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). O levantamento foi apresentado por Veet Vivarta, secretário-executivo da ANDI, em Atenas, no Fórum Global para Desenvolvimento da Mídia, realizado no mês passado.
Durante um ano, a ANDI mapeou, em 14 países da América Latina, leis e projetos de lei que abordam a relação entre os meios de comunicação e o direito de crianças e adolescentes. Em seguida, comparou com a legislação da Suécia, considerada modelo mundial nessa área, com um sistema regulatório implementado há quase cem anos.
O estudo concluiu que, apesar de o continente não viver um "vazio regulatório", não há nada "tão coeso" como na Suécia, principalmente por serem raros na América Latina órgãos reguladores independentes.
No Brasil, além da programação infantil, não há leis que regulamentem o trabalho de menores em meios de comunicação (só a Argentina possui esse tipo de norma).
Também não está contemplada na legislação brasileira a publicidade dirigida à criança, como acontece no México e no Paraguai. O estudo constatou não existir, em nenhum dos 14 países, cotas para exibição de desenhos animados nacionais nem para a garantia de veiculação de produções regionais.
O Brasil se destaca na classificação indicativa dos programas. Recém-implementada, é considerada "a mais completa".
Fonte: jornal Folha de S. Paulo (Rapidim – Informativo Eletrônico do Fórum Nacional DCA)
Essa é uma das lacunas da legislação brasileira na proteção da infância e adolescência, de acordo com um estudo realizado pela ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). O levantamento foi apresentado por Veet Vivarta, secretário-executivo da ANDI, em Atenas, no Fórum Global para Desenvolvimento da Mídia, realizado no mês passado.
Durante um ano, a ANDI mapeou, em 14 países da América Latina, leis e projetos de lei que abordam a relação entre os meios de comunicação e o direito de crianças e adolescentes. Em seguida, comparou com a legislação da Suécia, considerada modelo mundial nessa área, com um sistema regulatório implementado há quase cem anos.
O estudo concluiu que, apesar de o continente não viver um "vazio regulatório", não há nada "tão coeso" como na Suécia, principalmente por serem raros na América Latina órgãos reguladores independentes.
No Brasil, além da programação infantil, não há leis que regulamentem o trabalho de menores em meios de comunicação (só a Argentina possui esse tipo de norma).
Também não está contemplada na legislação brasileira a publicidade dirigida à criança, como acontece no México e no Paraguai. O estudo constatou não existir, em nenhum dos 14 países, cotas para exibição de desenhos animados nacionais nem para a garantia de veiculação de produções regionais.
O Brasil se destaca na classificação indicativa dos programas. Recém-implementada, é considerada "a mais completa".
Fonte: jornal Folha de S. Paulo (Rapidim – Informativo Eletrônico do Fórum Nacional DCA)
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Ensaio fotográfico
Das virtudes desse senhor de prosa sem fio, a capacidade de transformar o imperceptível em acontecimento parece ser a mais encantadora. O paraguaio Francisco Amarilla Barreto é daqueles homens nascidos para ser avô, acostumados a contar histórias para crianças enquanto brinca com o sono no vai-e-vem da velha cadeira de balanço. Às vezes dormem mesmo antes dos netos. Veja o ensaio.
(Alexandre Palmar – Portal Megafone)
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(Alexandre Palmar – Portal Megafone)
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Tudo igual
O jornal A Gazeta do Iguaçu de hoje (26) traz a manchete "Menor é executado com dez tiros na região do Porto Meira". O adolecente Valtecir Barbosa Mello, de 17 anos, foi executado na madrugada de domingo, com dez tiros, no Jardim das Flores, região do Porto Meira. A matança de adolescentes em Foz do Iguaçu continua. Pelo jeito, neste aspecto, este ano não será diferente dos anos anteriores. E a cidade continua vendo isto com naturalidade!
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
UNICEF para crianças e adolescentes
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou no mês passado o seu primeiro site infantil em língua portuguesa: www.unicefkids.org.br. Criado pelo escritório da organização no Brasil, o UNICEF Kids traz, de forma lúdica, informações sobre os direitos de cada criança e adolescente a sobreviver e se desenvolver; aprender; proteger-se e ser protegida do HIV/AIDS; crescer sem violência; e ser prioridade absoluta nas políticas públicas. Apresenta ainda o trabalho do UNICEF no Brasil e no mundo e oferece jogos, desenhos para colorir, testes, vídeos, enquetes, fóruns, curiosidades, histórias. Além disso, a criança poderá baixar papéis de parede e enviar cartões para a sua família e amigos.
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Fórum Mundial de Mídia Livre
Às vésperas do Fórum Social Mundial, midialivristas de todo planeta se reúnem para somar forças e discutir a criação de novas formas de comunicação. Para aqueles que praticam e lutam cotidianamente por uma outra comunicação, o momento presente combina a ampliação de oportunidades com o acirramento das desigualdades.
Local: Escola de Aplicação da UFPA (antigo NPI) - Av. Tancredo Neves (Perimetral), nº 1000 – Bairro Montese (Terra Firme) – Belém, PA. Próximo à UFRA e ao Museu Emilio Goeldi. Mapa do local no site do NPI.
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Divulgação de imagens
Juíza da Vara de Infância e Juventude de Foz, Sueli Fernandes da Silva (foto: Sylvania Kazmierski)
A Juíza da Vara de Infância e Juventude da Comarca de Foz do Iguaçu, Sueli Fernandes da Silva, expediu portaria proibindo “toda e qualquer divulgação de fotografia, imagens, ainda que descaracterizada ou ofuscada, referência a nome, sobrenome, abrangendo as iniciais, apelido, filiação, parentesco e residência de crianças e adolescentes envolvidos em atos infracionais ou que estejam em situação de risco”.
Segundo a Juíza, como a própria portaria considera, “adolescentes exibidos em mídia, ainda que de forma descaracterizada ou ofuscada, são facilmente identificados, fato que coloca em situação de risco constante diante do estado de vulnerabilidade em que se encontram”.
A portaria ainda leva em consideração o número elevado de atos infracionais envolvendo crianças e adolescentes, como também o elevado número de homicídios em Foz do Iguaçu, em que são vítimas crianças e adolescentes geralmente em conflito com a lei.
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A Juíza da Vara de Infância e Juventude da Comarca de Foz do Iguaçu, Sueli Fernandes da Silva, expediu portaria proibindo “toda e qualquer divulgação de fotografia, imagens, ainda que descaracterizada ou ofuscada, referência a nome, sobrenome, abrangendo as iniciais, apelido, filiação, parentesco e residência de crianças e adolescentes envolvidos em atos infracionais ou que estejam em situação de risco”.
Segundo a Juíza, como a própria portaria considera, “adolescentes exibidos em mídia, ainda que de forma descaracterizada ou ofuscada, são facilmente identificados, fato que coloca em situação de risco constante diante do estado de vulnerabilidade em que se encontram”.
A portaria ainda leva em consideração o número elevado de atos infracionais envolvendo crianças e adolescentes, como também o elevado número de homicídios em Foz do Iguaçu, em que são vítimas crianças e adolescentes geralmente em conflito com a lei.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Mudanças na língua portuguesa
As novas regras da língua portuguesa estão em vigor desde o dia 1º de janeiro. As mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro.
Veja quais são as principais mudanças:
HÍFEN
Não se usará mais:
Veja quais são as principais mudanças:
HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista".
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada" .
TREMA
TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
ACENTO DIFERENCIAL
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição).
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo).
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo").
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo).
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y" .
ACENTO CIRCUNFLEXO
ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem".
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" - que se tornam "enjoo" e "voo".
ACENTO AGUDO
Não se usará mais:1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
GRAFIA
GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo".
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"
Oito paises utilizam a língua portuguesa como língua oficial:
1 - Portugal;
2 - Cabo Verde;
3 - Guiné- Bissau;
4- S.Tomé e Príncipe;
5- Moçambique;
6- Angola;
7- Brasil;
8- Timor Leste.
Oito paises utilizam a língua portuguesa como língua oficial:
1 - Portugal;
2 - Cabo Verde;
3 - Guiné- Bissau;
4- S.Tomé e Príncipe;
5- Moçambique;
6- Angola;
7- Brasil;
8- Timor Leste.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Parem os bárbaros!
A população da região de Foz do Iguaçu, situada na Tríplice Fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina, reuniu-se para prestar solidariedade ao povo palestino e condenar as ações militares de Israel em Gaza. Cerca de 1,5 mil pessoas percorreram a Avenida Brasil, principal via da cidade, com cartazes e panfletos contendo denúncias de violação dos direitos humanos contra os palestinos, especialmente contra civis, e esclarecendo as reais intenções israelenses na região. Entre os manifestantes, brasileiros, paraguaios, argentinos, árabes e seus descendentes, todos unidos em torno da paz, da tolerância e do respeito entre os povos e nações. Além de estender as responsabilidades do massacre aos EUA, por seu apoio incondicional ao estado judeu, o ato também serviu para questionar a falta de ações práticas e efetivas por parte dos principais países do mundo, para a afirmação de um cessar fogo na região. Entre diversas instituições que participaram do ato em defesa do povo palestino, a Associação Guatá, a Casa do Teatro, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná e o portal Megafone de cidadania na comunicação, distribuíram panfleto onde transcrevem um poema de Fadwa Tuqan, poetisa palestina. O material ainda manifesta o entendimento comum de que a arte deve refletir e interferir sob os acontecimentos históricos, neste caso, a brutalidade de Israel contra os palestinos.
Na região da Tríplice Fronteira, encontra-se o segundo maior contingente de árabes vivendo no Brasil, formado principalmente de libaneses, mas também de palestinos, iraquianos, sírios, entre outros, estabelecidos a partir da década de 1950.Desde 2001, logo depois dos ataques às Torres Gêmeas, a Tríplice Fronteira passou a ocupar espaço na grande imprensa mundial, acusada – sem provas e sequer indícios – de abrigar células terroristas e seus supostos financiadores.
Íntegra do documento assinado pela Associação Guatá e outras entidades
Parem os bárbaros!
O massacre contra o povo palestino, promovido por Israel com o recente bombardeio e ocupação de Gaza, é mais uma etapa da longa trajetóriade martírio e injustiça contra um povo.
Não bastassem a expulsão de seu próprio território, a negação do direito de se constituir enquanto nação soberana e a interminável marcha de agressão e violência, o povo palestino poderá perder o direito a existir, o mais elementar valor humano.
O poema que se oferece aqui, além um protesto contra a brutalidade, também é para demonstrar que a arte deve sempre acorrer ao encontro da história. A arte é, pois, a expressão da cultura, que somente se realiza através da história.
E quando o momento histórico é marcado pela desordem, pelo arbítrio e pela barbárie, a arte tem de liberar o seu grito e seu espanto, para afirmar a humanidade do homem e o valor da vida.
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Cataratas do Iguaçu: recorde histórico de visitantes
O Parque Nacional do Iguaçu alcançou em 2008 o recorde histórico de visitação em seus 70 anos de existência. Ao longo do ano passado, a unidade de conservação brasileira tombada pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade recebeu 1,154 milhão de visitantes, número 9,3% superior ao registrado em 2007 (1,055 milhão). O destaque ficou por conta do expressivo aumento de turistas brasileiros. (H2FOZ)
http://www.h2foz.com.br/
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http://www.h2foz.com.br/
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Impressões da cultura caminhante
Escrita n° 6, publicação da Associação Guatá, circula impregnada de pegadas tão diversas quanto sensíveis
Acidez, materialidade, doçura, exagero, contenção. É o que o leitor irá encontrar nas páginas da Revista Escrita, edição número seis, em circulação. Ou, ainda, apenas uma forma de ver e sentir a vida, servida por algum de seus autores, como um singelo pedaço da areia marcado pela passagem do homem, que, antes de desaparecer entre as águas, teima em oferecer a última contemplação ao olhar fino e desinteressado do observador.
Acidez, materialidade, doçura, exagero, contenção. É o que o leitor irá encontrar nas páginas da Revista Escrita, edição número seis, em circulação. Ou, ainda, apenas uma forma de ver e sentir a vida, servida por algum de seus autores, como um singelo pedaço da areia marcado pela passagem do homem, que, antes de desaparecer entre as águas, teima em oferecer a última contemplação ao olhar fino e desinteressado do observador.
Esta capacidade de prolongar um pouco mais a beleza e a simplicidade da vida, talvez seja o principal motivo de ser da Escrita, que atinge a sexta edição reunindo colaboradores de diferentes visões e interesses. Uns, retiram da gaveta o escrito ou a imagem elaborados durante um momento marcante; outros, fazem do olhar e das letras o próprio ofício. Em comum, todos têm algo a dizer, a manifestar, a celebrar, como quem pretende conjurar a vida através da arte.
Nesta edição, o eleitor poderá compartilhar sensibilidade desde a capa, que traz a marca de uma pegada na areia, capturada pela lente atenta de Áurea Cunha. O tempo presente é matéria da crônica de Célia Musilli, ao lado da fotografia de Paola De Orte. Três mulheres, três jornalistas, três cidades que as abrigam, três impressões sobre o mundo pela visão feminina. Viram-se as páginas: Toninho Vilasboas, desde Veneza, Itália, Robson Mattjie e Silvio Campana, de Foz do Iguaçu e Brenda Marques, desde Belo Horizonte, dão cores às crônicas e asas ao vôo sob o universo imaginário criado por cada um deles.
A poesia é muito bem representada por Almandrade, de Salvador, Bruna Dornelles, de Florianópolis, Mapê Carneiro, Fernanda Spinola e Carlos Luz, de Foz do Iguaçu, e Bell Oliveira, do altiplano boliviano. Agora pense num poema formado pelo som de muitas palavras e vários idiomas, todos inspirados pela música cantada pelas águas e rochas das Cataratas do Iguaçu. É o que oferece o jornalista Jackson Lima, que criou um poema acústico-visual a partir de 33 formas de expressar “Cataratas do Iguaçu”.
Hans Marthen, fotógrafo que viveu em Foz do Iguaçu na primeira metade do século que passou, Dieguito, paraguaio de Luque, Lalan, ilustrador iguaçuense-paulistano, Renato Pontello, grafiteiro de São Paulo, Waldi, astesão missioneiro, Carine Cavalcanti, Agnelo Rocha, Juciela Miglioranza e Rogério Silva, de Foz do Iguaçu, e Cláudio Kambé, artista plástico de Curitiba, completam o time que olhou para onde mais ninguém olhou, que desenhou o que mais ninguém registrou, e servem de talento à seção “Olhos”. Izabel Leão, educadora da Universidade de São Paulo (USP), nos mostra a importância de se apropriar das novas ferramentas de comunicação, à luz da educomunicação. O produtor cultural iguaçuense Paulo Bogler recupera a utopia dos direitos humanos. Já a professora iguçuense, Maria Cristina Lobregat, aponta para os problemas de leitura entre os adolescentes.
Hans Marthen, fotógrafo que viveu em Foz do Iguaçu na primeira metade do século que passou, Dieguito, paraguaio de Luque, Lalan, ilustrador iguaçuense-paulistano, Renato Pontello, grafiteiro de São Paulo, Waldi, astesão missioneiro, Carine Cavalcanti, Agnelo Rocha, Juciela Miglioranza e Rogério Silva, de Foz do Iguaçu, e Cláudio Kambé, artista plástico de Curitiba, completam o time que olhou para onde mais ninguém olhou, que desenhou o que mais ninguém registrou, e servem de talento à seção “Olhos”. Izabel Leão, educadora da Universidade de São Paulo (USP), nos mostra a importância de se apropriar das novas ferramentas de comunicação, à luz da educomunicação. O produtor cultural iguaçuense Paulo Bogler recupera a utopia dos direitos humanos. Já a professora iguçuense, Maria Cristina Lobregat, aponta para os problemas de leitura entre os adolescentes.
Tudo isso são impressões. Tudo isso é Escrita.
Serviço:
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Adquira o seu exemplar da Escrita nº 6. Ligue:(45) 8404-2993 ou 9977-4490 - valor de capa R$ 5,00. Escrita está disponível, ainda, nas melhores bancas e livrarias da cidade.
Acesse: Guatá – cultura em movimento
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De volta
Retomando as atividades, depois das férias, aí vai o poema "Desejo", de Victor Hugo. Este é o meu desejo a todos os amigos e leitores do blog para 2009.
Victor-Marie Hugo - (1802 - 1885) foi um escritor e poeta francês de grande atuação política.
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Desejo
Victor Hugo
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar”.
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar”.
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