Uma ferramenta diferencial em nosso processo de crescimento cultural e social brasileiro
Um curta de pouco mais de oito minutos, Vida Maria brilhou na terceira noite do Cine PE. A animação, produzida quase que inteiramente por Márcio Ramos, conta de forma concisa e com toques de humor a contradição entre os desejos pessoais e a realidade que se impõe a qualquer pessoa.
O tema central partiu da vida pessoal de Ramos, que, imerso em seu trabalho com televisão e vinhetas de publicidade, viu o sonho de realizar um curta sendo adiado pela realidade do dia-a-dia.
“A idéia de realizar um projeto pessoal que fosse mais duradouro surgiu em 2000, mas, sem tempo, tive de adiá-lo por alguns anos”, diz Ramos, que, além de dirigir, foi responsável por roteiro, fotografia, arte, som e montagem, contando apenas com a ajuda de Hérlon Ramos na composição da trilha sonora.
“A idéia central surgiu da minha própria experiência, da contradição entre um sonho (realização do curta) e a realidade (a rotina diária de trabalho) que se impõe todos os dias”. Longe de parecer um auto-retrato, Ramos tornou o material ainda mais rico ao apresentar um ciclo na vida de Maria José, que é obrigada a largar os estudos para ajudar nas tarefas diárias da família.
Assim como todas as Marias em sua infância, Maria José gosta mesmo é de 'desenhar palavras' em seu caderno. Repreendida pela mãe, Maria vai ao quintal executar as tarefas da casa. De forma brilhante, Ramos mostra a repetição deste ciclo passando ao menos por três gerações.
Assim, com toques de humor, o diretor cearense consegue falar em oito minutos mais sobre a triste situação sócio-econômica vivida por muitas gerações do que qualquer dissertação acadêmica.
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O tema central partiu da vida pessoal de Ramos, que, imerso em seu trabalho com televisão e vinhetas de publicidade, viu o sonho de realizar um curta sendo adiado pela realidade do dia-a-dia.
“A idéia de realizar um projeto pessoal que fosse mais duradouro surgiu em 2000, mas, sem tempo, tive de adiá-lo por alguns anos”, diz Ramos, que, além de dirigir, foi responsável por roteiro, fotografia, arte, som e montagem, contando apenas com a ajuda de Hérlon Ramos na composição da trilha sonora.
“A idéia central surgiu da minha própria experiência, da contradição entre um sonho (realização do curta) e a realidade (a rotina diária de trabalho) que se impõe todos os dias”. Longe de parecer um auto-retrato, Ramos tornou o material ainda mais rico ao apresentar um ciclo na vida de Maria José, que é obrigada a largar os estudos para ajudar nas tarefas diárias da família.
Assim como todas as Marias em sua infância, Maria José gosta mesmo é de 'desenhar palavras' em seu caderno. Repreendida pela mãe, Maria vai ao quintal executar as tarefas da casa. De forma brilhante, Ramos mostra a repetição deste ciclo passando ao menos por três gerações.
Assim, com toques de humor, o diretor cearense consegue falar em oito minutos mais sobre a triste situação sócio-econômica vivida por muitas gerações do que qualquer dissertação acadêmica.
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Um comentário:
gostei muito do comentario
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