sexta-feira, 17 de abril de 2009

O direito de estar em família

A Fundação Nosso Lar lança campanha de Acolhimento Familiar
A Fundação Nosso Lar lança, na próxima quarta-feira, dia 22, no Centro Pastotal da Paróquia São João Batista, a campanha “Acolhimento familiar: o direito de estar em família”, que tem o apoio do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDECA/PR.
O lançamento faz parte da programação do workshop “Presença – contribuições para uma educação de inclusão”, promovido pela Diocese de Foz do Iguaçu e pela Rede Proteger – Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente na Tríplice Fronteira. A diretora de projetos da Fundação Nosso Lar, Ivania Ferronatto explica que a campanha, destinada à toda comunidade, “vai mostrar a importância do acolhimento familiar, em substituição ao acolhimento institucional de crianças e adolescentes”. Segundo Ivania, mesmo o acolhimento em casas-lares, sistema adotado pela instituição, em grupos de no máximo 10 crianças e adolescentes sob a responsabilidade de pais sociais, “não é a melhor opção de acolhimento, pois a criança e o adolescente continuam se sentindo parte de um coletivo e não tem o tratamento individualizado que tem ao ser acolhido por uma família, passando a conviver como parte desta família”.
Durante o lançamento a Fundação Nosso Lar apresentará toda a panfleteria da campanha, que inclui cartazes, panfletos, folderes e uma cartilha sobre o tema.

Família Acolhedora
Os Programas “Família Acolhedora” e “Guarda Subsidiada” já existem na Fundação Nosso Lar, com a parceria da Prefeitura Municipal, e a intenção da campanha é ampliá-los. Os Programas tem variantes de serem com ou sem subsídios financeiros para as famílias que recebem a guarda de crianças e adolescentes e o Programa de “Guarda Subsidiada” é previsto em lei municipal, utilizando recursos da Secretaria Municipal de Ação Social. Nos dois Programas, atualmente, 66 famílias acolhem 101 crianças, sendo que outras 56 crianças também são atendidas indiretamente, pois são filhos biológicos das famílias acolhedoras, ou mesmo irmãos das crianças abrigadas. O trabalho de acompanhamento psico-social das famílias é feito por duas equipes com uma assistente social e uma psicóloga cada, além da assistência jurídica que é prestada por uma advogada.
Os Programas cadastram e acompanham famílias da comunidade que recebem em suas casas, por um período determinado, crianças, adolescentes ou grupos de irmãos, dando-lhes acolhida, amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência familiar e comunitária.
Receber uma criança ou adolescente em acolhimento provisório não significa integrá-lo como filho. Por isso não se pode confundir o Programa com a adoção.
A família assume o papel de parceria com a instituição no atendimento e na preparação da criança ou adolescente para o retorno à sua família biológica ou à adoção.

Em família
O casal Alcides Espindola e Rocilda Paiva Espindola participam do Programa desde de julho do ano passado. Eles acolhem dois irmãos, de 8 e 10 anos. Juntos moram também seus três filhos, de 23, 20 e 18 anos, a nora e um neto de pouco mais de um ano.
Rocilda explica que tomou conhecimento do Programa através de sua irmã que é professora e comentou que dava aulas para três crianças acolhidas. Rocilda que, segundo ela, sempre tivera o “sonho de comprar uma chácara para acolher crianças e dar carinho e atenção” gostou da idéia. No início de 2007 ela e o marido se cadastraram no Programa, passaram por todo o processo de entrevistas e capacitação oferecido pela Fundação Nosso Lar e em julho de 2008 receberam em acolhimento os dois meninos.
O técnico de som Alcides diz que a relação dos meninos com o restante da família não poderia ser melhor: “é uma relação de pai e filhos de verdade, com responsabilidades, lazer, educação, procuramos passar para eles o que passamos para os nossos filhos e eles respondem com respeito e carinho, somos uma família”.
A educadora social e monitora de projetos do Núcleo de Ação Solidária à Aids – NASA, Elza Mendes, faz parte do Programa há dois anos e dois meses, é este o tempo que ela acolhe uma adolescente, hoje prestes a completar 18 anos e seu filho de dois anos. Também moram com Elza, sua filha de 26 anos e sua neta de quatro anos.
A história que cerca o acolhimento da adolescente é inusitada, pois, segundo Elza, a adolescente fugia da Fundação Nosso Lar e ia para a casa dela, segundo suas palavras, “foi a menina que me escolheu para abrigá-la e não o contrário”.
Na relação familiar, conta Elza, não há distinção entre filha e neta biológica e “filha” e “neto” acolhido. Ela só não pensa em adoção devido à sua condição financeira, e diz estar preparando a adolescente para ter uma vida independente com seu filho, “este é o objetivo, educar para uma vida madura e responsável”.
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Um comentário:

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