Diploma de jornalista - opinião

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Se os ministros do Supremo Tribunal Federal não rejeitarem o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, demonstrarão que entendem as profissões no Brasil da seguinte maneira:
Para ser jornalista, basta saber escrever (ou não), portanto...
Para ser professor, basta gostar de criancinha...
Para ser pedagogo, basta gostar muito de criancinha...
Para ser advogado, basta conhecer as leis...
Para ser engenheiro, basta saber colocar um tijolo sobre o outro com cimento no meio...
Para ser arquiteto, basta gostar de desenhar casinhas...
Para ser nutricionista, basta ter um livrinho de receitas...
Para ser biólogo, basta gostar de bichinhos...
Para ser veterinário, basta tratar destes bichinhos...
Para ser oceanógrafo, basta gostar de bichinhos do mar...
Para ser farmacêutico, basta entender de bulas...
Para ser fisioterapeuta, basta ser massagista...
Para ser psicólogo, basta gostar de conversar...
Para se psiquiatra, basta gostar de conversar e indicar remédios...
Para ser assistente social, basta distribuir cesta básica...
Para ser publicitário, basta ser vendedor de anúncios...
Para ser cirurgião dentista, basta ser tiradentes...
Para ser geógrafo, basta gostar de mapas...
Para ser geólogo, basta colecionar pedras...
Para ser engenheiro agrônomo, basta ter uma horta...
Para ser médico, basta saber benzer...
Para ser engenheiro da computação, basta saber “Ctrl c” e “Ctrl v”...
Para ser arqueólogo, basta gostar de procurar ossos...
Para ser bibliotecário, basta saber etiquetar livros...
Para ser economista, basta não estourar o orçamento familiar...
Para ser sociólogo, basta querer entender os fenômenos sociais...
Para ser professor de educação física, basta bater uma bolinha...
Bem... E por aí a fora...
Mas eu, como jornalista por formação, tenho o direito e o dever social de perguntar: e para ser juiz?
Fica a pergunta...
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