(Foto: Sesc PR)
É preciso fortalecer a educação para formar leitores
Rogério Pereira, curador da 31ª Semana Literária Sesc,
analisa as questões da leitura no Brasil, os desafios do trabalho de formação
de leitores e fala sobre a profusão de eventos literários pelo país.
Por Márcio Norberto
Os eventos literários se proliferam pelo Brasil: são festas,
feiras, jornadas etc. Na sua opinião, até que ponto eles conseguem estimular o
gosto pela leitura e atrair novos leitores?
É indiscutível que o Brasil vive um momento interessante
para o livro e leitura. Muito longe do ideal, é óbvio. Mas considero importante
que o livro esteja, de alguma maneira, de volta à vida social do país, no
centro de sua vida cultural. A proliferação de eventos literários tem muito
peso neste processo todo. Hoje, a publicação (seja em papel ou nos meios
virtuais) é muito mais fácil. Isso causa a impressão de que há muito mais gente
produzindo e discutindo literatura do que há 10 anos, por exemplo. O mercado
editorial também vive um momento de crescimento. Sem esquecer que o governo é o
grande cliente das editoras. Faço estas considerações para dizer que acredito
que o Brasil está mais propício à formação de leitores. Os eventos literários
são importantes para dar visibilidade à produção, aos autores, etc. Mas a base
de tudo continua sendo uma escola de boa qualidade. O leitor será formado na
escola (e na família, obviamente). Quando este processo estiver mais
fortalecido, os eventos literários terão ainda mais leitores, mais gente
interessada em
literatura. Tudo forma um grande sistema em prol da leitura.
Portanto, é importante que todas as forças envolvidas façam o melhor trabalho
possível. Não há o que perder nesta batalha.
Leia a entrevista na íntegra. Clique aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário