(Foto: Tânia Rêgo/ABr)
As recentes denúncias sobre o tratamento inadequado de
crianças e adolescentes usuários de drogas, em quatro abrigos do Rio de
Janeiro, reacenderam a antiga polêmica em torno do modelo ideal de tratamento.
De um lado, alguns especialistas temem o retorno do modelo manicomial para
usuários de drogas. De outro, psiquiatras e representantes do governo
justificam a necessidade da internação involuntária.
Para alguns especialistas, o tratamento involuntário de
crianças e adolescentes usuários de drogas, como do crack, é uma alternativa
legal necessária. O psiquiatra Marcelo Ribeiro, professor do Departamento de
Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que a
internação involuntária é “a saída para algumas situações em que o usuário de
droga perde o discernimento e a capacidade de decisão”.
Mas, para o coordenador da Comissão Nacional de Direitos
Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, o que tem
acontecido, onde existe a política de internação compulsória, é uma “atitude de
recolhimento com a máscara do acolhimento”.
(Com Infância em Pauta)
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