Quem não se lembra dessa “figurinha” chamada Gilmar Mendes? Quem
não se lembra, não tem a menor importância. Ele não representou, não representa
e não representará nada no estudo da história brasileira. Foi apenas uma pessoa,
que no uso de suas prerrogativas de “poder”, comparou a profissão de jornalista
à de cozinheiro. Nada contra a profissão de cozinheiro, ao contrário, é digna
como qualquer outra, afinal na lista de profissões exercidas pelo homem consta
desde magistrados, palhaços, até “políticos”, que, em minha opinião, não
deveria ser uma “profissão”, mas cada qual com sua formação específica, e cada
qual cumprindo o seu papel na sociedade.
O Excelentíssimo Senhor Juiz Gilmar Mendes, na época em que afirmou
que a formação superior para o exercício da profissão de jornalista era
desnecessária disse:
Mendes chegou a
comparar a profissão de jornalista com a de cozinheiro. "Um excelente
chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não
legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por
profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder
Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da
culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do
exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à
saúde e à vida dos consumidores", disse.(Mendes compara jornalista a
cozinheiro e vota contra exigência de diploma, Folha On Line 17/06/2009 - 18h06).
Pois bem. Nada menos que 60, isso mesmo, sessenta, Excelentíssimos
Senhores Senadores da República, com o mesmo grau de “poder” do Excelentíssimo
Senhor Juiz afirmaram o contrário, dizendo que é sim necessário o diploma de
curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
Na linguagem popular, chegou nos “quatro a um” já é
chocolate. Sessenta a um então deve ser uma fábrica inteira de chocolate.
Mas não vamos nos iludir, nem nos animar muito. A
obrigatoriedade do diploma ainda não é lei, ainda deve passar pela Câmara Federal
dos Deputados, onde temos “representantes” do “calibre” de Vossa Excelência Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, que, no sistema democrático
brasileiro, chegou lá com todos os “méritos” necessários...
É isto!
Carlos Luz, bacharel em Comunicação Social,
com habilitação em jornalismo e cozinheiro (autodidata), com especialização em
jantares.
3 comentários:
Mandou muito bem amigo! Sabe que eu até já tinha me esquecido do Gilmar! rs "Fora Gilmar!"
beijão pra você!!
Olá Carlos, parabéns pelo excelente texto, infelizmente o nosso Brasil está nas mãos desse típo de político. Seria tão bom se os brasileiros tomassem consciência do poder que eles tem nas mãos e aprendesse a votar... Tenho três blogs, mas num deles vc verá toda minha indignação pelos políticos brasileiros:
macabreza.blogspot.com.br
Um abraço!
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