quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Nas mãos do Tiririca


Quem não se lembra dessa “figurinha” chamada Gilmar Mendes? Quem não se lembra, não tem a menor importância. Ele não representou, não representa e não representará nada no estudo da história brasileira. Foi apenas uma pessoa, que no uso de suas prerrogativas de “poder”, comparou a profissão de jornalista à de cozinheiro. Nada contra a profissão de cozinheiro, ao contrário, é digna como qualquer outra, afinal na lista de profissões exercidas pelo homem consta desde magistrados, palhaços, até “políticos”, que, em minha opinião, não deveria ser uma “profissão”, mas cada qual com sua formação específica, e cada qual cumprindo o seu papel na sociedade.
O Excelentíssimo Senhor Juiz Gilmar Mendes, na época em que afirmou que a formação superior para o exercício da profissão de jornalista era desnecessária disse:

Mendes chegou a comparar a profissão de jornalista com a de cozinheiro. "Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores", disse.(Mendes compara jornalista a cozinheiro e vota contra exigência de diploma, Folha On Line 17/06/2009 - 18h06).

Pois bem. Nada menos que 60, isso mesmo, sessenta, Excelentíssimos Senhores Senadores da República, com o mesmo grau de “poder” do Excelentíssimo Senhor Juiz afirmaram o contrário, dizendo que é sim necessário o diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
Na linguagem popular, chegou nos “quatro a um” já é chocolate. Sessenta a um então deve ser uma fábrica inteira de chocolate.
Mas não vamos nos iludir, nem nos animar muito. A obrigatoriedade do diploma ainda não é lei, ainda deve passar pela Câmara Federal dos Deputados, onde temos “representantes” do “calibre” de Vossa Excelência Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, que, no sistema democrático brasileiro, chegou lá com todos os “méritos” necessários...
É isto!

Carlos Luz, bacharel em Comunicação Social, com habilitação em jornalismo e cozinheiro (autodidata), com especialização em jantares.

3 comentários:

Marli disse...

Mandou muito bem amigo! Sabe que eu até já tinha me esquecido do Gilmar! rs "Fora Gilmar!"
beijão pra você!!

José João disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José João disse...

Olá Carlos, parabéns pelo excelente texto, infelizmente o nosso Brasil está nas mãos desse típo de político. Seria tão bom se os brasileiros tomassem consciência do poder que eles tem nas mãos e aprendesse a votar... Tenho três blogs, mas num deles vc verá toda minha indignação pelos políticos brasileiros:
macabreza.blogspot.com.br
Um abraço!