segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Lei do Amor

A amiga Sylvania kazmierski, do Instituto Elos, enviou-me o texto que reproduzo a seguir, onde Rodrigo Otavio Gurgel Valente comenta o texto de Edinalva Severo, sobre a morte do menino Igor.
Prezada Sylvania,
Segue uma reflexão sobre o texto de adeus ao menino Ygor da Sra. Edinalva, conforme conversamos. Agradeço a sua dedicação e dos demais integrantes da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente.
Forte abraço.

"Educar para a vida é considerar, como um de seus fins primordiais, o aperfeiçoamento de tudo quanto esteja compreendido na existência do ser humano."
Coletânia Rev. Logosofia


A Lei do Amor
Muito bom e oportuno este texto da Sra. Edinalva Severo, sobre a história do menino Ygor, neste momento em que a pesquisa do Ipea aponta que as atuais políticas públicas precisam ser revistas, uma vez que o trabalho infantil continua com índices alarmantes, merecendo toda a nossa atenção. Relevante o comentário e importante o depoimento, uma vez que nós seres humanos somos suscetíveis a nossa emoção e não raras vezes acabamos por condenar alguém, quando justamente gostaríamos de estar promovendo a sua melhora, enquanto cidadão digno. Através de um ato solidário, tentamos amenizar o nosso sentimento de culpa, proporcionando um alívio instantâneo. No caso em questão, a própria compra de um CD ou DVD pirata já é uma contravenção institucionalizada como se fosse normal. Um erro justifica o outro?
Tenho também procurado entender a nossa cultura que permite ou se omite diante dos direitos das crianças, levando a sociedade a conviver com escolas, babás, mães e pais que submetem seu mais importante legado aos diversos abusos que vemos no dia-a-dia, alguns descobertos e amplamente divulgados pela mídia.
Concordo com a opinião da especialista em políticas públicas Edinalva , de que nosso critério deveria se balizar pela forma como gostaríamos que nossos próprios filhos fossem tratados e encaminhados. Considero importante que a lei deva ser efetivamente o parâmetro para balizarmos nossa conduta frente as situações que se apresentam e é importante que elas existam para que possamos arbitrar nosso comportamento humano, muitas vezes nada humanitário.
Creio que a melhor forma de contribuirmos seja identificando caminhos para capitalizarmos as potencialidades de nossas comunidades. Elencarmos as metas da melhoria da renda, das oportunidades e condição de vida. Não é fácil apontar o trajeto. Não há solução pronta. Seja para nossos filhos, seja para aqueles pais em situação de vulnerabilidade.
Talvez o Estatuto e a Constituição do país devessem assegurar para todas as crianças e adolescentes o AMOR. O primeiro artigo seria: - Toda a criança tem direito a ser amada e compreendida. Esta deveria a meu ver ser a política pública, a lei e o fundamento para a busca de uma sociedade mais desenvolvida do ponto de vista humano e social. Agradeço mais uma vez a sua mensagem congratulando pela militância em prol dos direitos da criança e adolescente.

Rodrigo Otavio Gurgel Valente.
Consultor e Palestrante em Planejamento Estratégico de Comunicação Corporativa e Investigação Apreciativa para o Desenvolvimento Organizacional, Especialista em Gestão do Terceiro Setor e Responsabilidade Social, Articulador da Rede de Participação Política do Empresariado, Membro do Conselho Superior de Cidadania Empresarial do Paraná, Presidente da Fundação Honorina , instituição parceira da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente da Tríplice Fronteira.
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