Por Fernanda Regina*
Nestes últimos dias de campanha eleitoral vemos muitos ainda
com aquele velho discurso de “não quero perder meu voto”. Se teve algo
que o PT fez de bom foi a última campanha do ex-presidente Lula, com o famoso
slogan “a esperança venceu o medo”.
Esta frase realmente tocou a população indecisa e fez com
que optassem por outra via e apesar dos pesares do governo petista, não podemos
negar que o Brasil ousou votar naquele que todos tinham medo ou no mínimo um
certo receio.
Em Foz do Iguaçu o que vemos pelas ruas é mais ou menos
isso: pessoas com medo, tentando escolher o ”menos pior” destas eleições
municipais ou fazendo sua opção simplesmente pelo pavor do continuísmo.
Eleições municipais falam diretamente sobre nossas vidas,
sobre a possibilidade de melhorarmos, mantermos ou piorarmos nossas condições e
as condições daqueles que não irão ler texto, daqueles que estão à margem da
cidadania e à mercê da enganação eleitoreira, infelizmente, prática ainda tão
comum.
Não tenho medo de perder meu voto, tenho mais medo de
apostar naquilo que não acredito. Políticos estão para servir, não são senhores
acima do bem e do mal, nem donatários de seres humanos. Prefiro manter minha
convicção de que o poder deve estar nas mãos do povo, somos nós quem decidimos
e se, determinadas práticas não nos agradam, não temos razão para
aceitá-las.
Quando será que perderemos a paciência, conforme pensou
Mauro Iasi? O exercício da democracia através das eleições é um excelente
momento para demonstrarmos nossa indignação. Alguns amigos dirão: por isso
votarei nulo! Respeito essa postura, mas não creio que seja o momento desta
opção, pois permaneceremos na inércia e seremos outra vez levados pelo poder
econômico daqueles que compram votos das mais diversas e descaradas maneiras.
Se não iremos votar por ideologia, que votemos por coragem,
por convicção, pela verdade. Voto por todos estes motivos, sem medo, pois
depois terei como justificar àquilo que acredito ser o mais importante: minha
própria consciência.
Concordo e reproduzo!
*Fernanda Regina é jornalista e mantem o blogue divagações do gato preto
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