Reportagem de Fabiula Wurmeister para Gazeta do Povo, publicada dia 21/01/2012
O índice de homicídios nas cidades paranaenses localizadas na fronteira com o Paraguai em 2010 chegou a 62,2 para cada 100 mil habitantes, quase o dobro da taxa do estado, de 34,4. Em 2000, já eram de 47,3 e 21, respectivamente.
Informações do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, indicam que o problema, além de não ser resolvido, se espalhou para outros municípios. O avanço da criminalidade e a pulverização da violência tornaram recorrentes em regiões antes pacatas os casos de assassinatos, a maioria ligada ao contrabando e ao narcotráfico.
Há 12 anos, dos onze municípios ribeirinhos ao Lago de Itaipu, apenas quatro fecharam o ano sem assassinatos. Volume que caiu para três, passados dez anos. Chamam a atenção, no entanto, o número absoluto e a taxa de homicídios, todas muito acima de 10 para cada grupo de 100 mil habitantes, situação considerada epidêmica pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Enquanto em Foz do Iguaçu, uma das mais violentas do estado, esse tipo de crime cresceu cerca de 12%, em Guaíra os casos triplicaram e em Marechal Cândido Rondon cresceram quase oito vezes.
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