A realidade descoberta pelo padre Arturo Paoli em 1988, quando visitou Foz do Iguaçu vindo da Argentina, foi aterradora. A miséria de centenas de famílias na invasão do Morenitas ficou registrada na mente do religioso.
O padre Arturo Paoli quis permanecer na cidade e fundar um projeto de auxilio às famílias e milhares de pessoas que viviam na miséria na região do Porto Meira. O primeiro passo veio com a abertura da Associação Fraternidade Aliança – AFA, onde oferecia auxilio principalmente ofertando noções básicas de higiene, a essas famílias.
Hoje a entidade completa 20 anos de fundação e enfrenta uma realidade bastante diferente da encontrada pelo seu fundador. O trabalho principal hoje continua focado no resgate da dignidade, mas também atende a novas exigências do mercado de trabalho; a profissionalização.
Mantendo-se através de eventos sociais, a entidade atende a mais de 130 crianças no contraturno durante todo o dia e outras 120 jovens e adultos nas oficinas de informática e manicure, que mantém com o apoio do Provopar.Outro grupo atendido no local é formado por 25 crianças encaminhadas pelo PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) que realizam atividades recreativas no local.
Com uma equipe multidisciplinar, a AFA também conta com assistente social, psicóloga, pedagoga que ofertam serviços à comunidade.
A parceria com o Município auxilia nas atividades com as crianças, mas eventos sociais, como jantares, bazares e bingos é que dão suporte para que a entidade possa ser mantida. Os trabalhos também recebem auxilio de um pequeno grupo de voluntários.
Padre Arturo deixou a entidade após anos de trabalho e hoje não visita o local devido à recomendação médica. Arturo tem 99 anos, a maior parte deles dedicados a projetos sociais. Hoje a entidade é coordenada pela Irmã Idalina Barbosa.
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