Já está circulando a Revista Escrita nº 7, editada pela Guatá - Cultura em Movimento. Confira a reportagem de Daniela Valiente, publicada ontem (5) no Jornal A Gazeta do Iguaçu.
“Escrita” já nas ruas
Nova edição de revista traz arte gráfica, poesia, artigos, fotos e muitas novidades
Daniela Valiente
Reportagem
A oitava edição da Revista Escrita, sai como número 7 estampado na capa. Quem explica melhor é o editor Silvio Campana. "Começamos pelo número zero, por isso a revista está com o número 7, mas em sua oitava edição".
Sem a confusão dos números, Escrita, como é de costume, prepara um verdadeiro caldeirão cultural em sua nova edição. Um dos destaques desta edição fica por conta de temas como a Coluna Prestes, em texto de Aluízio Palmar, que mistura ficção à realidade. "Quando Prestes entrou na pousada, o clima entre os revolucionários era de desânimo e capitulação. Diante das dificuldades, o homem franzino se fez gigante".
O tema ainda pode ser conferido em foto de autor anônimo feita em abril de 1925, quando da passagem da Coluna Prestes pela cidade.
Outro tema que ganha destaque é o mundo virtual, sua exclusão e inclusão, seus ganhos e perdas. Em "Mundo Virtual: afinal de contas, vivemos ou criamos?", a jornalista e mestre da Comunicação Izabel Leão revela sua preocupação diante de perguntas como a feita no título de seu artigo. "Como devemos agir? Proibir o uso da internet? Permitir que grandes corporações controlem? Na minha concepção, tudo o que é proibido é mais instigante (...) O que importa é estar atento ao que os jovens consomem na internet", escreve.
Alissa Gottfried, blogueira e educadora em Porto Alegre também aborda a chegada do software livre como uma espécie de independência e ferramenta para melhoramento das comunidades. "Com a implosão da mídia-digital, controlar a distribuição de conhecimento, música e vídeo se torna um problema para quem, até então, mantinha os poderes de cópia que na maioria das vezes nem era do próprio autor, mas sim das editoras e gravadoras". Para ela, é preciso definir se a democratização da comunicação se torna uma extensão ou a reconstrução da identidade coletiva. Para Campana, os textos tanto sobre a história quanto sobre tecnologia , assim como os poemas, servem de rico material para trabalhos em sala de aula. Além dos pontos de vendas e livrarias, a revista também tem metade de sua edição distribuída gratuitamente a escolas públicas. "É na sala de aula que os temas são tratados e trabalhados com cuidado por professores e alunos".
Um dos atrativos da revista também são as poesias, que ganham cada vez mais adeptos. "Estamos recebendo materiais muitos interessantes, que nos mostram outras possibilidades", comenta Campana. Os destaques ficam por conta de trabalhos de Maria de Nadai, estudante do ensino médio em Foz, da pedagoga Miriam Takashi, Carmen Barudi, do grupo Gauche de Poesia, da professora Mara Cecília Lobregat, da publicitária paulista Fernanda Bronzeado, da acadêmica Letícia Lichacovski, da jornalista Thays Petters e de nomes já conhecidos dos leitores, como Carlos Luz.
Nas imagens, ilustrações e fotos de artistas de Morretes, Barcelona, São Paulo, Umuarama e Foz do Iguaçu. Um dos destaques fica por conta do material encaminhado por Salete Tomaz, fotógrafa cega que registrou o cotidiano de sua irmã também cega na área rural de Ampére, no Paraná.
Na sessão Visitar, conhecer e vivenciar é possível saber mais detalhes sobre a Aripuca, ou Arapuca Gigante, projeto que virou ponto turístico na vizinha Puerto Iguazú.
Escrita 7 traz acima de tudo uma leitura diferenciada e cheia de novidades, onde as imagens fazem refletir assim como a leitura de bons textos. A revista pode ser adquirida em bancas de jornais e livrarias pelo preço de R$ 5.
"Prefiro o intenso ao dócil,
Prefiro a paixão.
Prefiro as borboletas no estômago
E o brilho nos olhos de cada dia.
Prefiro você. Só você".
(Thays Petters)
"Sinto-me um errante
No momento em que mais tenho
Para onde ir".
(Carlos Luz)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário