Adolescente: nem criança grande, nem pequeno adulto
Jacir J. Venturi*
Em recente publicação do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Brasil jamais terá uma participação tão significativa de adolescentes no total da população. São 21 milhões - entre 12 e 18 anos -, o equivalente a 11% da população brasileira. Esse momento singular representa uma grande oportunidade, mas também enormes vulnerabilidades, quando se vislumbra o futuro do país e do próprio adolescente.
Dos dez indicadores avaliados pelo UNICEF entre 2004 e 2009, oito registraram avanços. Como se parte de uma base anterior bastante comprometida, há pouco a se comemorar. Como alento, o UNICEF demonstra otimismo na implementação de políticas públicas em nosso país em relação à adolescência, pois nos últimos vinte anos fomos capazes de benfazejas realizações para com a infância, reduzindo a mortalidade infantil, diminuindo significativamente a mão de obra das crianças e praticamente universalizando o acesso ao Ensino Fundamental.
*Diretor de escola,vice-presidente do Sinepe/PR e professor da UFPR e PUCPR
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