terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nota Oficial FENAJ

Atingido por uma bomba quando cobria um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, o repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, teve morte cerebral confirmada nesta segunda-feira (10). Ele cobria o confronto entre policiais e manifestantes na Central do Brasil, na última quinta-feira. Com o impacto da explosão de um rojão em sua cabeça, o profissional teve afundamento de crânio. Atendido no Hospital Souza Aguiar, foi submetido a uma cirurgia e resistiu em estado grave até o início da tarde de hoje.
Segundo o noticiário, a polícia prendeu um suspeito, o que ajudará a identificar o homem que acendeu o rojão. É preciso, no entanto, que não se tome este caso como justificativa para a repressão à liberdade de expressão e manifestação daqueles que protestam em atos pacíficos por legítimas reivindicações populares. Que puna-se os autores da agressão que tirou a vida de Santiago quando exercia sua profissão, não a sociedade por exigir das autoridades serviços públicos de qualidade e democracia.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já anunciou o objetivo de investigar porquê Santiago não usava equipamentos de proteção no momento do acidente. A Rede Bandeirantes deverá ser ouvida. (Grifo do Blog)
Em nota oficial emitida no dia 7 de fevereiro, a FENAJ condenou a violência contra jornalistas, que cresce assustadoramente no país, e cobrou uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para tratar da questão. A Federação defende a adoção de um protocolo nacional que garanta aos jornalistas o direito à sua integridade e ao seu trabalho, a criação de um observatório nacional para acompanhar e fiscalizar crimes contra os profissionais de imprensa e a aprovação de uma lei que federalize a investigação dos crimes contra jornalistas.

 

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